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Alma nua e n
 
Apenas peda
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The bright side...
Posted:Jul 8, 2008 5:37 am
Last Updated:Jan 14, 2009 7:21 am
2060 Views
Após algum tempo de reserva, reflexão, leitura e aprendizagem, regressam minhas palavras ao encontro de quem me honre com a sua leitura. E neste caso vão literalmente ao encontro. Parece-me pelo que ouço e leio, ser pacífico que cada momento vivido em nossas vidas é de uma preciosidade única, o que não me parece é ver fazer o que se diz ou ouve. NÃO NÃO, não pretendo que leiam minhas palavras como uma crítica, de forma nenhuma, ou estaria eu próprio a incorrer no mesmo erro, apenas pretendo chamar a atenção de meus amigos e companheiros de que de facto a vida é bela, mas curta e efémera.

Para nossas almas não entrarem em conflito, por cada 49 coisas menos agradáveis, deverá haver em nossa vida 51 coisas felizes. Só assim o bem vai compensando o mal, e como tal fazendo prevalecer o sorriso. A partir daqui tudo é lucro. TUDO. Sendo o deve o mau e o haver o bom, pessoalmente estou muito feliz com o meu rácio. Apontaria qualquer coisa entre 30 / 70. Eis alguns dos meus truques pessoais.

O negócio pretendido não se realizou porque não fui a tempo. Que bom, aprendi que poderei realizar um ainda melhor, se estiver atento e me antecipar na próxima vez. Felizmente há esperança no futuro.

O encontro não correu especialmente bem, porque a minha vida não permitiu. Ainda bem, ela era tão linda e completa que me poderia apaixonar irremediavelmente e provavelmente não lhe poderia proporcionar a vida que ela merece. Felizmente pude admirá-la, escutá-la e com ela partilhar uma noite de tranquilidade.

Todos os meus contactos do Messenger estão on line e querem falar comigo. UAU, mal tenho tempo para responder a todos. Mas é bom demais ter gente que quer falar connosco, ouvir-nos ou melhor ainda partilhar-nos o que vai na sua alma.

Todos os meus contactos do Messenger estão off. UAU, finalmente algum tempo livre para voltar àquele chat, para o qual nunca tive tempo. Finalmente poderei conhecer gente nova e fazer novos amigos.

Aquela paixão terminou. Que sortudo fui, só por ter tido a felicidade de beijar seus lábios, tocar suas mãos e ser agraciado com semelhante sorriso doce. Já agora que corpão tinha hum hum…delicia….

O chat hoje está cheio de gente chata. Ainda bem, porque assim posso escrever este texto e alertar os meus amigos para o facto de que a minha vida é de facto MUITO MAIS LINDA, por os ter como amigos.

Always look on the bright side of life…

Saudações cavalheiras

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Carta a uma amiga
Posted:Jul 8, 2008 4:58 am
Last Updated:Aug 16, 2013 4:41 am
2085 Views

A amizade sente-se bem
Quando sentimos a falta de alguém
Alguém que nunca se esquece
E cuja ausência nos entristece

Podemos até nem o conhecer
Tão bem quanto gostávamos
Mas entrou em nosso viver
Mais forte do que esperávamos

Não é sexo nem amor
Mas pode vir a ser tudo
É algo com muito fulgor
que nos acorda e deixa mudo

Cabe-nos dar a oportunidade
Para algúem nos poder tocar
Não importa cor, credo ou idade
Apenas a vontade de amar

Não tenhas vergonha de nada
A partilha dá-nos liberdade
É bom ter a alma relaxada
Na alegria de uma cumplicidade

com respeito e carinho
Abre-se uma janela da alma
Podes contar com um miminho
E que meu ombro que te traga calma

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Cora
Posted:Jun 9, 2008 12:04 pm
Last Updated:Jan 14, 2009 7:22 am
2018 Views
E tão normal em mim andar de coração cheio
Amo a vida, sou positivo, sou gentil e galanteio
Certa vez dou por mim com tudo o que queria
Amava, tinha paixão, vivia com alegria
Eis quando se cruza comigo uma bela mulher
Tremi. Não e fácil ouvirmos dela o que se quer
Conversámos, rimos e ate nos aventurámos
A partilhar caminhos por onde nunca andámos
Foi tão bom sentir o sangue nas veias a correr
Sentirmo-nos úteis por alguém corresponder
Foi então que pensei, é tão bom estar vivo
com alguém ao nosso lado a vida faz mais sentido
Não tem que ser o ar que respiramos
Basta que um ao outro nos completamos.

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Doce momento...
Posted:Jun 9, 2008 11:58 am
Last Updated:Aug 16, 2013 4:43 am
1899 Views
Minh`alma vive doce momento
De espera e mais querer
Sem perceber o sentimento
Tanto gosto de o viver

Amor não é tal sensação
Paixão não é de certeza
É uma doce admiração
E desejo em subtileza

Numa hora tuas palavras vivo
Noutra desapareces para amar
E mesmo não sendo comigo
Não fico triste, não vou chorar

Sinto que há uma parte tua
Que é minha e de mais ninguém
Assim como há algo meu
Que é só teu também

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"Molde humano"
Posted:Jan 17, 2008 5:07 am
Last Updated:Nov 17, 2008 11:15 am
2065 Views
Não foi um, por acaso foram literalmente mais do que dois e até três amigos e amigas, que ultimamente me falaram sobre algo, ao qual eu gosto de designar por “molde humano”. Aliás acrescento que não é um, mas são várias as pessoas que vejo utilizar com frequência desmedida, por exemplo em chats, a técnica do “molde humano”. Alguém cujo nome sinceramente não me lembro, disse um dia que a culpa, é a diferença entre a subtracção do que devíamos ter feito àquilo que de facto fizemos, e usando a mesma fórmula, apetece-me dizer que o “molde humano” é a subtracção daquilo que gostamos, àquilo que vemos em alguém. Passo a explicar, a Z, rapariga gira, divertida e de conversas interessantes, não é um bom garfo, não aprecia um bom prato, come, mas não tem especial prazer em comer. Já a X, porque aprecia o belo “Bife 3 queijos”, como eu, essa sim, essa é a minha querida amiga, é uma delicia de moça, ui coisa mais linda.

Eis quando senão, em plena conversa sobre deliciosos pratos, quais verdadeiras obras de arte da culinária, descubro que a minha jóia da coroa, a X, não gosta de baba de camelo. ;(( Meus olhos não querem crer em semelhante ultraje. Oh minha cara X, (notaram como passou de querida a cara?!), tu agora decepcionaste-me estrondosamente, como é possível alguém tão inteligente como tu, com tanta capacidade técnico-tática nas papilas gustativas, não apreciar uma boa baba de camelo????

Neste momento entra a E on line, e eu avanço sobre o precipício, olá querida E, bom dia, o pequeno almoço foi bom? Hummm panquecas, sumo de laranja, ovo estrelado, salsichas e bacon estorricadinho, que showwwwww minha linda, mas… tu nem vais acreditar…. Acreditas que a X que se diz tão amiga de uma boa refeição, não gosta de baba de camelo?! Resposta da E, oh essa vaca, tu nem digas nada, no outro dia pedi-lhe para me mostrar na cam o jantar dela, e sabes que me disse que nunca fez jantares virtuais, e que até se farta de gozar quando lhe abrem a cam a mostrar comida??!!

Ena ena, estou parvo da minha cabeça, minha querida E, só tu é que me entendes. Nada substituirá a delicia de um frente a frente com um maravilhoso bife suculento, com molho de vinho branco e ravioli gratinado, mas para mim é sempre um prazer ver tal iguaria nem que seja em fotografias, e tanto que até tenho capacidade mental para me imaginar a comê-lo e desfrutar contigo e em ti, o prato que vais degustar. Mas é a vida amiga, não tenho sorte nenhuma, só me aparece gente desta pela frente. Felizmente também tenho outra amiga, a I que não dispensa uma boa baba de camelo ou até um doce da avó. São poucos os meus amigos, mas bons. Vamos mas é prá sala conversar um bocadinho.

Eu, o A - Olá bom dia a todos, o que se come hoje pelos vossos lados, alguém tem uma ideia sobre um bom prato?

U ‒ És um alarvo A, és sempre a mesma coisa, não admira que sejas um gordo balofo que aí andas.

E ‒ U, alarvo és tu que comes em tascas badalhocas, sem o mínimo de higiene, nem sei como não apanhas diarreia, gastroenterites ou outras doenças piores.

X ‒ Olá bom dia a todos, o que se come hoje pelos vossos lados, alguém tem uma ideia sobre um bom prato?

M ‒ Xizinhaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, coisa mais linda do mundo, bom dia, contigo só tenho boas ideias, queres algumas?

I ‒ Olha já cá havia poucos, chega mais esta X armada em boa. E tu M, não chamas alarva à X, olha que ela disse exactamente a mesma coisa que o A?!

M ‒ Cala-te I nojenta, tu não prestas, tens a mania que só comes em restaurantes finos, e no fim só comes merda.

O ‒ É por essas e por outras que depois vocês são expulsos da sala. Fartam-se de trocar receitas e só dá asneira.

N ‒ O, se não te calas também vais, vê lá se queres provar da mesma sopa.
E ‒ Alguém viu por aí a minha querida S, ai com ele eu provava um prato diferente hoje.

K ‒ E, dá-me o teu MSN, que já te mostro o que é um prato diferente. Caramba, porque será que ninguém fala comigo em privado?

E ‒ Tu não mostras nada, porque tu és propriedade da S, pá, aguenta-te. A mim não me apanhas tu nesse MSN.

E mais não digo, estaria aqui 4 ou 5 vidas a relatar, tal é a avalanche de disparates, joguinhos e compadrios sem fundamento, que leio diariamente, e quando penso que já li tudo, eis que surge novo enredo difamatório desta vez dos vegetais, das especiarias, dos números ou dos sinais ortográficos. Não sei se repararam, mas as letras estão propositadamente assim colocadas, para que percebam que o a,e,i,o,u são só 5 letras, e o abecedário 23 se não contarmos com as estrangeiras, que aliás não são de se deitar fora, não fossem o Foie-Gras e o strogonof algo de bem gostoso.

Voltando à vaca fria, tentando usar a técnica do “molde humano”, apenas nos afastamos do mundo. Se não respeitarmos um direito tão rico, como o direito à diferença, acabamos por ficar tão sozinhos, quanto o soldado que marchava na praça com o passo trocado, enquanto a sua mãe exclamava orgulhosamente que todos iam com o passo errado, só o seu filho é que ia com o passo certo. Comunicação implica conversa, troca de ideias, partilha de experiências, revelação, dentro do que queremos revelar (porque também há o direito à privacidade) do máximo de dados possíveis, para que o outro perceba a beleza de uma baba de camelo ou de uma pêra bêbeda. Mas se o outro não gostar de sobremesas, não tem problema, podemos conversar na mesma, afinal de contas tenho MUITO a aprender no que diz respeito a massas, a assados, a fritos (sim a fritos mesmo que estes façam mal, mas o que é que não faz, se for de forma abusiva), etc, etc.

Não seria melhor este mundo, até mais rico, se não moldássemos as pessoas ao que queremos que elas sejam, se parássemos de rotular pessoas conforme os seus gostos ou opções, se não agrupássemos quem só gosta do que nós gostamos, se não criássemos joguinhos de falso poder que não existe, se não contribuíssemos para fazer a guerra quando fazer amor, seja lá de que forma for, é MUITO melhor?! A cada pessoa que usamos a técnica do “molde humano” não estaremos a criar outro “eu”? É que às tantas, se a outra pessoa tiver a capacidade para mudar para nos agradar, provavelmente já não é da outra pessoa que nós gostamos, mas sim de alguém que conseguimos moldar à nossa imagem e semelhança. Pessoa, implica diferença, foi assim que fomos feitos, diferentes.

A realidade, é que tenho de respeitar quem não pensa ou age como eu, porque aquilo que eu penso ser o melhor, serve para mim, e apenas o posso impor a mim próprio, por isso, até quem é quezilento, guerreiro, elitista, seccionista ou esquisito, tem que ser respeitado e BEM-VINDO, sob pena de eu entrar numa sala de conversação, virtual ou real, que só tenha gente a gostar do mesmo que eu, e aí, não há nada para dizer, porque já sabemos as respostas a todas as perguntas, nem precisamos de falar com ninguém, bastará perguntarmos a nós próprios.

Moral da história: “Se não gostas de comer ou cozinhar, não entres em chats de culinária”

Saudações cavalheiras

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Minhas m
Posted:Jan 15, 2008 9:02 am
Last Updated:Nov 17, 2008 11:22 am
1862 Views
Era noite, era tarde e a televisão fingia que eu não existia. A frenética busca de um zaping em desconsolo, cruzava imagens interiores que não coincidiam com as que os olhos negavam, e as mãos cansadas de em tanto, nada encontrar, desligaram a televisão. Acto contínuo, e aparentemente não voluntário, ligam o computador. Seguraram agora um cigarro que lhes faz companhia, pelo menos é quente, arde, existe. Entram no Messenger e os olhos guiam-nas ao boa noite do costume às também do costume companhias. Os olhos saltam de fotos em fotos, comem palavras e devoram letras, percorrem sites, mas é das mãos a água que lhes é dada a beber, e por nada trazerem ao cérebro mandante, janela atrás de janela, as mãos fecham, restando duas que pareciam responder, janelas e não pessoas, porque de imagens se trata.

Estranho desejo este não assumido, mas que obviamente persiste, pleno de intensidade atacante à saudade do sangue fervente. Por entre um simples passar do tempo, e umas letras normais, eis o mote apaziguador…

Ela está a convidá-lo para iniciar visualização de imagens de câmara web. Pretende Aceitar (Alt+X) ou Recusar (Alt+Y) o convite?

Ela está a convidá-lo para iniciar envio de imagens da câmara Web. Pretende Aceitar (Alt+X) ou Recusar (Alt+Y) o convite?

Minhas mãos aceitaram ambos, e receberam a ternura dos cabelos dourados como fios de luz ternurenta e meus olhos brilharam. Ela estava que nem eu, de camisa, com 2 botões desapertados e sem sutiã. De pele de cal, o frenesim dos dedos teclando, provocavam uma fugaz dança dos braços embalando fartos seios de fêmea. Finalmente minhas mãos sorriam, desde que há 30 minutos se apoderaram de mim, por eu deixar e mais não querer.

Havia já algum tempo que falávamos e a ténue corrente de energia invisível que nos atravessava, era pólvora em rastilho seco de um querer não sei o quê. Não paixão, não sedução, muito menos amor, porque o respeito não permitia, sim empatia e cumplicidade porque a situação o exigia. A maturidade e capacidade mental de ambos, assim nos conduziam rumo ao até agora desconhecido desejo, que se revelava nas palavras trocadas. O convite velado em cada frase escrita, a sedução quente em cada revelação dos sentidos, o conjunto ideal que elevou a curiosidade a tal ponto que, não resistindo mais por não querer ou saber, se deixaram entregar ao que lendo conseguiam viver em suas peles.

As palavras escritas abriram espaço a segredos, e o calor sentido a confissões, incendiando ainda mais os corpos dos dois amigos que se entendiam, se desejavam descobrir um no outro. As mãos tocavam os próprios corpos, tocando-se um ao outro na sua dança de ilusão, e os suspiros e gemidos que não ouviam mas soltavam, em sintonia aceleravam o sangue, que agora corria mais forte. Eu bebendo da humidade que ela escondia por entre pernas fechadas, ela sentindo a minha dureza por entre pernas que se queriam abrir. Ambos ousavam mas ninguém declarava, e por entre desejos não admitidos se viviam sensações. Podiam agora notar-se as faces rosadas, onde ela escondia um sorriso de timidez. Ela sempre negara semelhantes sensações, negando haver emoções que a tal a levassem, mas tinha curiosidade.

Eu levanto-me, desaperto a camisa, revelando os pêlos que ela nem gostava, mas que agora amaciava como a um felino cioso. O peito queimava-lhe e suas mãos por lá passavam em gestos de sufoco indisfarçavelmente disfarçados, como que a querer afagar o meu. O cinto desaperta-se, e a mão dela não resiste a desapertar mais um botão da sua blusa. Cada gesto meu era um dedo no gatilho, o desapertar do fecho das calças o detonador de mais uma carícia que eu lhe dava por suas mãos em seu peito, sempre evitando os seios, que inevitavelmente soltavam agora mamilos erectos como pequenos botões de rosa. A conversa prosseguia por entre alguns risos aliviantes da excitação, mas nunca desviando o olhar daquilo que nos impelia as mãos.

Ao deslizar das minhas calças, ela sente a excitação pulsante do meu membro preso, e não resiste a afagar os mamilos que uivavam por toque, como que a incentivar-me à sua libertação. Já quase não eram necessárias palavras. A um gesto correspondia outro, porque um pedia outro, e assim um queria o outro. Ela recusava-se a tocar-se em pontos em que jamais o tinha feito, mas na verdade o tesão evadia-lhe o corpo. Era inevitável. Mexia-se levemente na cadeira como que a sentir-se, e estes movimentos deixavam escapar um seio que a mim se apresentava timidamente. Sentia-se alagada. Sentado, eu permanecia sem camisa. Ela também sentada, queria mais, mas lutava consigo transferindo para mim desafios diversos. Não é por não admitirmos que não sentimos, e também não é por não tocarmos que não vivemos.

Eu estava tão húmido quanto erecto, e quase não podia tocar-me de excitação, de tesão, tesão que ela queria ver mas cujo hábito não a deixava admitir. Não era preciso. Levantei-me. Ela nada precisou de fazer. A sua cara dizia tudo. O seu corpo dizia tudo. Alegando que tudo sentia sem se tocar, permanecia numa doce teimosia que me excitava imenso, mas quando dei conta, qual caixa de Pandora, suas mãos percorria os seios por dentro de uma blusa que estava a mais, mas se eu pedisse para a tirar seria um exagero. Optei por a deixar viver o seu momento da maneira que queria e sentia que podia ser mais prazerosa para si própria.

Assim estávamos unidos na diferença. Não vi, mas percebi as suas mãos acariciarem um papo inchado de desejo, lavarem-se num mar que deixava em suas calças uma imensa mancha de prazer. As minhas caras de fuga ao orgasmo eram inevitáveis e humildemente reconheci que tinha que me vir. Ela estremeceu, olhou o tecto, afagou o pescoço, o peito, os seios, trilhou com os dedos os seus mamilos, e afastou a blusa como que a conceder-me espaço para o meu gozo em seu peito. Finalmente admirando dois belos seios que agora a meus olhos pertenciam, gozei abundantemente com espasmos de prazer luxurioso. A explosão invadia-a, tocava-a, e acredito mas não sei se comigo gozou uma ou mais vezes, mas seguramente comigo “gozou” belos momentos de excitação adulta, não vulgar, e claramente Extra ordinária.

Minhas mãos ganharam, viram feita a sua vontade…

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Chat ou chato....
Posted:Jan 11, 2008 4:58 am
Last Updated:Mar 29, 2010 8:50 am
2501 Views
Tenho por mim, que em cada chat da imensa rede, se pode encontrar uma magnífica ferramenta de comunicação. Nada melhor do que conhecer alguém de uma cidade distante, de uma cultura diferente, de hábitos distintos dos nossos, e com isso conhecer e quem sabe perceber, que há mais realidades para além da nossa, que não são melhores nem piores, mas sim tão simplesmente diferentes. Se atentarmos no fenómeno visual de um arco-íris, perceberemos que a sua beleza não está em cada cor por si só, mas na sua forma e na harmonia da conjugação dos tons, pese embora tão distintos.

Assim é o mundo. Todos diferentes, de formas e feitios diferentes, de gestos e usos diferentes, mas com sentido de complementação. E porque sobre isto escrevo?, perguntarão os mais impacientes. Tão-somente porque entrando no chat deste site como em qualquer outro, diga-se em abono da verdade, nem sempre encontro a beleza do arco-íris. Na maioria das vezes apenas consigo vislumbrar tons deslavados, desprovidos de conteúdo e de beleza, ambos perdidos no objectivo, que claramente não será a harmonia.

Ok, ok, eu dou os nomes aos bois. Fulano que não gosta de sicrano, A que defende B, este que não responde áquele, tudo isto envolvido em bonecos variados que supostamente expressam emoções, mas que em nada condizem com a atmosfera, com a harmonia, ou devia ser desarmonia…
Enfim, há vários fenómenos que não percebo. Pode ser que alguém me consiga explicar, e por isso passo a enumerá-los:
1 ‒ Porque é que se estranha o conteúdo sexual de alguns intervenientes, se este site se auto-intitula “A maior comunidade Online de relacionamentos para Sexo e Swing”? Não, de facto não temos que estar todos dispostos a tal, nem sempre nem nunca, mas quem está não precisa de ser criticado e MUITO MENOS julgado, porque está no local certo. Quem quer amizades só, sugiro o site Amigos.com, ou estarei errado?!
2 ‒ Porque é que uma mulher nua numa cam, só pode ser ou uma galdéria do caraças que vai com todos, ou uma visão dos deuses, plena de classe, erotismo e sedução, enquanto um homem nu numa cam, só pode ser mais um idiota que se quer masturbar? Para que tenham os dados todos ao pensar sobre esta questão, recordo que o site tem um gif por sinal muito giro e inclusive animado, que sugere, “Ligue a webcam! Divirta-se! Tire a roupa!” Não será simplesmente esta, mais uma forma de erotismo, diversão e até uma manifestação de maturidade sexual?!
3 ‒ Porque é que se desconfia e comenta tanto quando duas pessoas estão a privar? Não, não TÊM que estar necessariamente a ter relações sexuais. Não, não têm obrigatoriamente que estar a namorar. Sim, é possível que estejam SÓ a conhecer-se melhor, o que implica por exemplo (mas não forçosamente), trocar dados mais privados, como o nome, a profissão, hábitos, hobbies, gostos, fantasias, enfim, talvez fazer aquilo para o qual foram feitos os chats, conversar ou não!?
4 ‒ Porque é que alguém que hoje falou com o individuo A, amanhã não pode falar com o B??!! Ah sei, privando uma vez com alguém, já lhe pertencemos, virámos propriedade. Ah e se não falarmos, é porque já não gostamos dele/a, tipo tu és mau já não me amas. Ui ui ui mas alguém está completamente perdido por aqui, um de nós parece-me estar no site errado. Pronto, tá bem, sou eu…
5 ‒ Porque é que custa tanto a admitir que se gosta de ver alguém nu?!
6 ‒ Porque é que é feio admitir que a masturbação é boa?!
7 ‒ Porque é que se insiste em pôr rótulos nas pessoas, quando elas não têm os mesmos gostos que nós?!
8 ‒ Porque é que nos fechamos e resistimos tanto à mudança?!
9 ‒ Porque é que há tão pouca capacidade para tentarmos algo novo?!
10 ‒ Porque é que há tanta falta de imaginação e de criatividade?!
11 ‒ Porque é que há tantos joguinhos de este que fez àquele, e vai lá ver se te faz a ti, e diz-me se ele te viu, e o que ele me disse, se por acaso foi quase o que lhe disse a ela, depois de ele ter dito o que não disse?!
11 ‒ Porque é que não usamos toda a nossa auto-estima, confiança em nós próprios e personalidade, para séria e responsavelmente nos entregarmos a uma experiência nova, mesmo que nos pareça estranha?! É óbvio que deverá parecer estranha, como tudo o que é novo, não?!

Bem, já nem coloco mais questões, se bem que isto são apenas pensamentos meus, quem sabe alguma alma por aí perdida se reveja e identifique também com as mesmas dúvidas. Mas não para vir a concordar comigo, NÃO necessariamente. Até preferia que me mostrassem outros horizontes e me ensinassem mais, com coisas novas, com formas de pensar e estar diferentes, com ideias distintas das minhas. com pessoas diferentes, sei que verei cores lindas e harmoniosas, que os meus pobres e curtos olhos, jamais alcançarão sozinhos.

Será que não conseguimos fazer deste um chat que não seja chato

Saudações cavalheiras

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Escalada ao 6
Posted:Sep 17, 2007 5:10 pm
Last Updated:Nov 17, 2008 11:23 am
2339 Views

Meio-dia. Cheguei. Estaciono o carro, pego no telemóvel para lhe enviar uma mensagem. “cheguei”, disse-lhe, “sobe”, disse-me, “desce tu” disse-lhe, “sobe tu”, disse-me, “desce e sem roupa interior”, disse-lhe, “tás maluco”, disse-me. Dez minutos depois, envio-lhe uma mensagem. “Demoras?”, disse-lhe, “E tu demoras?, disse-me, “eu não subirei”, disse-lhe, “eu não descerei”, disse-me, “só espero mais 10 minutos e vou-me”, disse-lhe. Dois minutos depois ela estava cá em baixo.
-Que se passa?! Tas doido?!
-Eu não, e tu tens roupa interior?
-É lógico que tenho, tás parvo!!??
-Vamos subir?
-Porque não subiste já?!
-Porque queria subir contigo. Vamos?
-Vamos.

Dei-lhe a mão, dirigimo-nos à entrada do prédio, e naturalmente ela dirigiu-se ao elevador.
-Não não, vamos pelas escadas.
-Olha passou-se, o que é que te deu hoje??!! Tas bem??!! São 6 andares??!!
Pego-lhe na mão, puxo-a para mim e começamos a subir as escadas. Ao virar da primeira esquina abraço-a sofregamente, e colocando as minhas mãos bem abertas nas suas nádegas, beijo-a com paixão e desejo. Dou-lhe a mão e puxo-a pelas escadas acima, passamos o 1º andar, subimos mais um lance de escadas, e paro à frente dela.
Miro-a nos olhos, desço dois degraus e fico por trás dela. Afago-lhe o cabelo, desço pelas costas de unhas bem afiadas, que a fazem estremecer e inclinar a cabeça para trás. Agarro-lhe os cabelos firmemente, percorro o pescoço com a minha língua, apalpo-lhe os seios, desço até à anca, seguro-a bem, enquanto a minha língua percorre cada canto da sua orelha. Desço pelas suas pernas, ajoelho-me e começando nos tornozelos, escondo as minhas mãos na longa saia que a cobre, sentindo pedacinho a pedacinho de uma pele sedosa. Que belas nádegas, que suaves, que duas nuvens fofas de prazer.

Levanto-me subitamente, pego-lhe a mão e subimos ao 2º andar, e ao 3º e ao virar da esquina, após mais um cúmplice lanço de escadas, paro. Viro-a de costas, e energicamente encosto-a à porta do elevador, regressando à penumbra por debaixo da sua saia. Beijo apaixonadamente um rabo escaldante e faço descer as suas cuecas até ao chão. Mas o caminho é longo, tem que ser feito e com cada degrau que subimos, sobe também a temperatura do nosso desejo. Já no 5º andar, frente a frente, de mãos dadas um longo beijo volta a unir nossas bocas caladas em semelhante secura de um fogo em que ardemos por dentro e por fora. Procuro o fecho do soutien, desaperto-o, e tiro-o perante uma ginástica que conseguiu fintar uma camisola justa.
-Agora sim, podemos subir ao 6º andar, pois já não tens roupa interior.

Subimos, ela abriu a porta, e com as minhas mãos substituindo o soutien eu amparava e tacteava uns mamilos acordados à semelhança de todo o corpo. Ainda mal tínhamos entrado, já os dois éramos um só em abraços e beijos ardentes. Por vontade própria se vira de costas, insinuando a necessidade de continuar o que eu tinha já começado. Dispo-lhe a camisola, acto facilitado pelos seus braços ao alto, levanto-lhe a longa saia e é assim, despidamente vestida e apaixonadamente esmagada contra a porta, que escorrega a minha língua por pontos do seu corpo que o sol não vê habitualmente, altamente produtores de néctares de prazer que fazem amor com a minha saliva. Sentia-a minha, disponível, apenas vivendo sensações corporais que lhe tolhiam a alma e me entregavam um corpo ardente, sedento de novas penetrações, que aconteceram cautelosamente. Perante um cerrar de dentes, um gemido mais ofegante e um esgar de prazer doloroso ou de dor de prazer, ela ia torneando um membro vigoroso que a dominava, incendiava e excitava numa bela ode. Selvática era a dança, e o seu rabo bailava à minha frente, como uma stripper enroscada num duro varão, que estava prestes a ceder aos seus movimentos. E foi num gozo desmedido e cúmplice, que ambos gememos entregues ao cume de prazer desta escalada ao 6º andar.

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Entrega total ou nem por isso?
Posted:Sep 6, 2007 4:48 am
Last Updated:Nov 17, 2008 11:23 am
2243 Views
Li algures em tempos, que “amigo não é o que pergunta se estamos bem, mas sim aquele que espera pela resposta”. Sabem uma coisa? É capaz de ser verdade. Milhares de vezes passamos por alguém na rua e apenas o cumprimentamos com um cru “tá tudo”, que se bem repararam nem ponto de interrogação mereceu, pois é uma expressão de retórica, uma moda, uma cordialidade e não um verdadeiro interesse. Seguimos o nosso caminho sem acalmar a velocidade para esperar pela resposta, e tantas vezes até a aceleramos. Na net todos os dias em qualquer conversação, perguntamos e perguntam-nos “tudo bem”, recebemos e atiramos de volta com um vulgar “tudo”.

Pessoalmente, salvo quando sinto a porta escancaradamente aberta, sempre entro com um “nock nock”, pedindo licença para entrar, porque é de boa educação e até me fica bem, e continuo com um “como te sentes hoje”, na firme esperança de evitar um “tudo”. Haviam de ver a cara, sim porque eu não a vejo mas imagino e pior sinto, de algumas criaturas, quando lhes digo que tudo dizem num qualquer chat e não comigo. Eu quero saber como estás, como te sentes, se bem, se mal, se ferido, triste ou melancólico, enfastiado ou cansado, excitado ou molinho, enfim como de facto se sente. Sim, também pode ser deformação profissional, algo paralelo à produtividade, estilo para quê fazer uma pergunta, para a qual apesar de não sabermos a resposta, já sabemos qual a que sairá: “tudo”.

Eis que então se colocam uma série de questões.
Qual o nosso grau de conhecimento, amizade, cumplicidade, interesse ou entrega?
A quantas pessoas dizemos MESMO como nos sentimos?
Quantas pessoas quererão saber DE FACTO como nos sentimos.
De quantas pessoas quereremos saber REALMENTE com se sentem?
A quantas pessoas nos sentimos com capacidade de inverter o seu sentido no caso de ele ser menos tranquilo?
Quantas pessoas terão capacidade para nos ouvir e inverter o nosso momento menos bom?

Mais, claro que tinha de vir… alguma vez me fiquei por meias palavras?? Sendo esta, e passo a citar, "a maior comunidade Online de relacionamentos para Sexo e Swing", supostamente em cumplicidade, seja prazer pelo prazer (ui que ela neste terá forçosamente que intervir), seja amizade duradoura, seja namoro, curte de 10 minutos ou relacionamento futuro, qual a nossa capacidade de entrega? Até onde vais, amando? O limite é diferente de quando não amas? Aplicas-te a ti próprio um grau de liberalismo dependente do que desejas ou esperas de determinado relacionamento? O que te faz pronunciar um ruidoso "alto e párao baile", o anal, a posição acrobática, as palavras obscenas, o ménage?

Sim caríssimos, é óbvio que darei o exemplo. O meu grau de entrega é sempre de acordo com o desejado pela pessoa com quem me relaciono, salvo se for contra os meus princípios ou desejos de momento (o que também terei o cuidado de explicar nessa altura), ou seja, o meu objectivo neste site não passa tanto pelos meus desejos, mas pela vivência dos mesmos juntamente com os desejos dos outros. Porquê? Ora porque simplesmente, acredito que é dando sem nada exigir, que se incute o escasso mas delicioso vício de dar. É nobre, é de cavalheiro…. Não, não. É egoísta, faço-o por necessidade, e tão somente para me sentir útil, e sim, também descobri uma excitação extraordinária em mim, no prazer dos outros.

Durante muito tempo tive, e apesar de já ter vivido talvez continue a ter, o desejo ou a fantasia, de me entregar a uma mulher, fazendo única e exclusivamente o que ela pedia. Não o que ela mandava, pois a ordem e o domínio não fazem o meu género, mas o que ela pedia. Um desafiante jogo do “Rei Manda”, neste caso “A Rainha Manda”. Será possível, alguém imaginar a dose de confiança e a capacidade de entrega necessárias para um jogo desta natureza?! Será possível, alguém imaginar que se não for pedido que removamos uma peça de roupa, ela não possa sair, e nem sequer o devemos sugerir sob pena de influenciarmos a Rainha-Rei, com a nossa vontade?! E o inverso, não discutir uma pose ou um toque, eventualmente uma humilhação aos olhos de alguém fora do contexto, mas um puro prazer no momento da entrega? Não sei se serei capaz sempre, mas em verdade vos digo, que capaz de tal me sinto.

Entendam que não falo de humilhação, mas de entrega, de cumplicidade e confiança, e que claro fique, que são condições sinequanon para ambos os lados. Isto é apenas um exemplo, que não gostaria que vos fizesse distanciar ou distrair, da questão fundamental: qual o nosso grau de conhecimento, amizade, cumplicidade, interesse ou entrega?

2 Comments
Ama-te...
Posted:Sep 5, 2007 5:32 am
Last Updated:Jul 7, 2008 12:02 pm
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Envolvidos nos braços um do outro, alimentados por odores inequívocos de querer e mais querer, soltando palavras ocas e de extrema utilidade, preenchendo um espaço temporal que entremeava mais uma entrega, ali estávamos prostrados aos delírios um do outro. Coberta por um fino lençol do qual eu não tirava os olhos, incomodavas-me tanto quanto te escondias.
Acariciei-te o rosto.
Senti os teus lábios.
Alisei o teu peito.

Fiz descer o lençol até aos pés, e revelando a tua nudez aos meus olhos delirados, senti os teus fecharem-se e o teu corpo entregar-se em minhas mãos.
Acariciei-te os cabelos.
Senti os teus olhos.
Afaguei o teu pescoço.
Toquei os teus seios.
Torneei os mamilos.
Massajei o teu ventre.
Penteei a tua púbis.
Abri-te as pernas.
Acendi a luz.

Todo teu corpo estremeceu, e a pele revelava o teu estranho incómodo, por estares nua, exposta e oferecida. Faço deslizar o meu corpo até à tua cintura, e de braço por baixo da minha cabeça, tranquilíssimo em posição de leitura, abro-te página a página. Já não te toco, agora apalpo-te, já não te beijo, agora chupo-te, já não te vês, sentes-te. As minhas mãos parecem multiplicar-se, e na ânsia de te apalparem parecem mais mãos, tal é a orgia de sensações a que te entregas. Meus dedos entram em ti abundante e sofregamente, entram e saem, tacteiam e sondam, escolhem cada uma das tuas tocas, investem sobre ti, e intrigam-te, envergonham-te, mas não param nem tu foges. Ouço-te suplicar por me sentires dentro de ti, mas nada mais há para sentir a não ser gosto e toque.

Pego então em minha boca e junto-a à tua e em tuas mãos e junto-as às minhas. A minha boca precisa fugir da tua, e foge, e teus dedos tímidos entrelaçam-se nos meus, suplicando por mim em ti, mas não é momento de união, é momento de exploração, é momento de vivência una. Coloco tuas mãos em teu ventre e espero que elas se movam. Não movem. Coloco-as então entrelaçadas nas minhas e juntas a ti te descobrem e em ti penetram. Recuo as minhas, abro os olhos e observo-te a tocares-te. Estou agora no meio das tuas pernas, de mãos debaixo do queixo, vendo os teus movimentos esquecidos, agora recuperados e sôfregos de prazer. De pernas bem abertas, observo, cada movimento de cintura, cada movimento dos teus dedos, cada pelinho teu, cada poro de pele, estou a um palmo das tuas mãos que te amam profunda e humidamente e espero aquele gemido suspirante. Porque te sei incapaz de gritar embora queiras, quando ele chega, eu finalmente te sinto………………… amares-te.

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Enigma
Posted:Aug 27, 2007 2:31 am
Last Updated:Jul 7, 2008 12:02 pm
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O que é que me faz feliz
E que tanto me faz vibrar
Cada palavra uma ideia diz
Cada frase me faz sonhar

Quando ela se abre
Eu ouço-te passar
Quando ela se fecha
Ainda te sei escutar

Quando ela se mexe
Sinto-te viver
Quando ela pára
Imagino-a mexer

Quando ela me olha
Sorrio-te prontamente
Quando ela me molha
Aprecio-te deliciosamente

Quando a minha toca a tua
Fecho os olhos a sentir
Minha alma fica nua
Meu corpo não te pode mentir

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Convite a quem me l
Posted:Aug 23, 2007 2:15 am
Last Updated:Jul 7, 2008 12:02 pm
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Numa daquelas noites, em que protelamos a chegada ao vale dos lençóis, mas que apesar de tardia teima em se manter aclarada, rápida e inconscientemente nos passa pela mente um sem número de situações, seja do dia, da semana ou até do mês. E também, vá-se lá saber, sob que desígnio ou jurisprudência, sempre acabamos por assentar o intuito em alguém. Por isso mesmo, convido cada um dos que me ler, a seguir-me nesta viagem. Não a ler-me, não a verificar a qualidade do meu escrito ou se contém erros gramaticais ou de ortografia, mas a abstraíres-te das palavras e a assumir, se homem fores a minha pele, ou a encarnar se mulher fores, o corpo da personagem feminina. Olvida-te de onde estás, do que ouves, do que te rodeia e mergulha numa vivência virtual, não minha, mas única e exclusivamente tua.

São 10 da noite, dia de semana, noite de chuva, cujo som a regar o mundo é a única companhia que temos; até a lua se recolheu por detrás das nuvens, pois nem a essa era permitida ser nossa cúmplice nesta noite. Esse papel, apenas está reservado a essa criatura que te encanta e ocupa a mente, de cabelos assim, de olhos como tal, de corpo maneado por tua mente, e a partir daqui desafio-te a pintá-lo ou pintá-la como te aprouver.

Parei à porta de tua casa, marquei o teu número, apenas um toque como havíamos combinado. Instantes depois desces, abrigando-te da chuva por debaixo de uma fina túnica. Saio do carro, abro-te a porta e tu entras. O momento não suporta palavras, o silêncio é de ouro, e apenas o monótono som do pára-brisas embala os pensamentos tranquilos de cada um. Ambos respiramos confiança em cada poro, não medo, não insegurança, não receio, nem sequer excitação. Até essa está guardada para o momento certo.

Chegamos ao hotel, eu saio, abro-te a porta do carro, tu sais, subimos as escadas, abro-te a porta do quarto, tu entras e eu sigo-te. Pousamos as tralhas, chaves, telemóvel, carteiras em cima de uma pequena mesa. E tantos adereços faltam ainda, o momento era de despojo, e até a luz teve que ser reduzida sob pena de excesso. Sento-te aos pés da cama, ajoelho-me à tua frente, e abraço-te demorada e confortavelmente. Sinto-te, cheiro-te, acaricio-te com a cabeça torneando teus cabelos e pescoço, como um gato seduzindo a sua fêmea. É demorado o carinho, é bom, é único, é intenso. De olhos nos teus olhos, é hora de retirarmos os restantes adereços. Tiro-te um brinco com uma carícia, tiro-te o outro e adornas carinhosamente a cabeça em meu braço, tiro-te o colar, o relógio, a pulseira, os anéis, só precisamos dos dedos. Saia o acessório, fique o indispensável, nós.

De pé de frente para ti, desfaço o nó da gravata e de braços ao longo do corpo deixo-a cair, desaperto a camisa, perante o brilho do teu olhar, deixo-a deslizar por mim abaixo, desaperto o cinto e as calças, que o chão recebe juntando harmoniosamente às outras peças, tiro os sapatos e as meias. Tu engoles em seco, e eu quedo-me prostrado á tua frente impávido, sereno e teu.

De novo me ajoelho, sempre foi o que sugeriste, quem sabe o que desejaste. Tens as mãos unidas, suadas, no colo. Passo minhas mãos por tuas pernas, de saia longa cobertas, tacteio o teu ventre, e com as minhas mãos vem a tua blusa, que retiro enquanto levantas os teus braços. Minhas mãos já não descem sozinhas, depois de se reterem em teus ombros, descem pelas costas, e com elas levam o teu soutien, desnudando teus seios meus sem lhes tocar. Segurando firme e gentilmente a tua cintura, levanto-te e faço descer a tua saia ao abraço das minhas roupas. Acaricio o teu ventre e aplano minhas mãos pela tua anca, trazendo nelas a única peça que te cobria a forma de mulher. Levanto-me, e retiro a única peça que me impedia de te igualar numa nudez de corpo igual à de alma que tantas vezes experimentámos.

Ali estávamos de mãos dadas, olhos nos olhos, dois corpos carregados de emoção. Deito-te na cama, deito-me ao teu lado. Acaricio-te a face. És tão linda. Não vejo rugas, não vejo sinais, não vejo mazelas da vida, só vejo poro ao lado de poro, cada um acordando à medida que a minha mão paira por teu corpo sem lhe tocar. Finalmente aterra na tua face, entrelaça-se por teus cabelos, contorna a tua testa, afaga a tua face, beija a tua boca, experimenta teu peito, torneia teus seios, fugindo aos mamilos que anunciam a minha presença em todo o teu corpo, apesar de apenas tocar teu ventre, tua zona púbica, desenhar tuas coxas com meus dedos, experimentar teus joelhos, e enamorar teus pés. O ritual percorre agora o sentido inverso, até minhas mãos alcançarem a meta que é teu rosto.

A minha boca acerca-se da tua, meu nariz ponteia com o teu, sentimos o cheiro um do outro, mas não nos beijamos. A minha cabeça recua, sorrio, fazes deslizar o teu braço esquerdo por minha nuca num afago sobejo e impetuoso. Agarras-me a cabeça por trás e obrigas-me a chegar perto de ti, boca tocando boca, lábio sentindo lábio, o meu de cima com o teu debaixo e o inverso deste verso de chamego. Finalmente mergulhamos nossas bocas num beijo abrasante de saudade embriagada…

E é hora de me retirar, para que possas continuar esta aventura de pele, como teu espírito desejar…

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Introspec
Posted:Aug 21, 2007 2:26 am
Last Updated:Nov 17, 2008 11:24 am
2195 Views
Numa qualquer esplanada, cujo espaço pouco importa, dei por mim numa estranha litação de tempo a mim próprio, e assim me embrenhei numa vaga reflexão sobre qualidades, defeitos, enfim características. E porque comigo estava escondido, foi fácil porque não me ficou mal, invejar a lucidez de Fulano, a sobriedade se Sicrano e a liberdade de Beltrano, numa inveja saudável, pois de aprendizagem se tratava.
Tantas vezes em inevitáveis momentos de solidão, optamos por um pensamento ofenso a nós próprios, do estilo “ai se eu aqui tivesse fulano/a de tal” ou “ai se eu agora pudesse estar aqui ou acolá”. Pois é, quando não podemos, só queremos tempo para nós, e quando o temos rapidamente convidamos alguém para virtualmente nos fazer companhia. Mea culpa. Desta vez esgueirei-me comigo, tinha que ser com alguém, e estranhamente e a título de obrigatória EXCEPÇÃO, dou por mim a pensar em amor.
Não me lembro de algo escrever em que entrasse semelhante palavra, ou não estivesse semelhante sentimento, no entanto, não falo do amor de duas pessoas, mas sim do Universal. Sim porque tão vasto é este sentimento, que se torna redutor, cingi-lo à pobre condição de consórcio de duas pessoas. Penso em algo mais amplo, mais fecundo, mais abrangente e dadivoso, num sentimento desprovido de interesse e de desventura, num sentimento que não tem que ser revelado nem partilhado, e que se alimenta de simples existência.
Sou normal demais mas não vulgar, para o não exemplificar. Imaginemos o cenário do homem casado, pai de filhos que o jubilam e espargem de alacridade, de vida supostamente estável, profissional empresário e empreendedor, com responsabilidades sociais. Esta criatura supostamente invejável, mas só para quem não possui uma destas condicionantes, tantas vezes vive num marasmo de dilecções e numa rotina de sensações, que quando abre portas, se estonteia pela entrada de novas percepções. E porque ao luxo de tradicionalmente amar não se pode dar, o homem é casado, supostamente já ama , subitamente susta-se e às vezes até se assusta, em estranho sentimento, despertado por alguém que embora ele não consiga ler, até vai entendendo apenas porque sente. E às vezes acerta.
É óbvio que deseja e suspira pela companhia de afectos mais explícitos como a sedução, a paixão, o olhar, mas estes também existem mascarados e implícitos. Estão lá. São parte integral da excepção, não de forma declarada ou expressa, mas porque são inerentes ao amor, até ao Universal. A criatura não sente a normal ânsia de soltar aos quatro ventos que ama, nem sequer tem o direito ou o querer de se declarar. Ele só precisa que ela sinta. Têm ambos tamanha cumplicidade e amizade que nem precisam de a revelar abertamente, tal empatia e conforto encontram ou no outro que nem precisam de se abraçar, tal suporte sentem um no outro que nem precisam de dar as mãos. Alimentam-se da nobre existência de ambos. Enquanto um respirar o outro tem ar, enquanto o outro escrever um lê, enquanto um sorrir o outro estará alegre, enquanto o outro lhe libertar suas lágrimas um chorará, enquanto um caminhar o outro avançará.
Para além disto a pobre criatura, depara-se com a lógica e crua companhia dos pré conceitos da sociedade, com a luta interna entre mentira e verdade, com o conflito entre fidelidade e infidelidade ou com a guerra imensa e íntima de não se poderem tocar. Não, não é verdade que a dor acompanhe o amor, mas neste caso eu apostaria que será inevitável. São almas cúmplices em vidas que se não cruzaram, desprovidas de oportunidade e comunhão temporal e espacial. Eis então a famosa “million dólares question”: porque diabo se cruzaram então?
Acrescentaria eu: quem decidiu colocar um no caminho do outro?!, porque se foram aproximando?!
-Ah isso é um teste, diz a sensata vizinha, com o seu normal ar versado e judicioso, que raramente consegue esconder uma sabedoria acéfala, baseada numa bisbilhotice desprovida de vivência sua, pois a pobre alma vive tudo e mais alguma coisa nos corpos dos outros.
-Ah é o amor! É o amor e é lindo, diz o senhor Antunes da mercearia do alto da sua barriguinha imponente, gentilmente alimentada pelas paelhas da sua mulher, cujas duas últimas, aliás faz questão de espelhar no seu avental.

Pessoalmente nem sei, tão pecador sou eu quanto pescador neste mar de desgraças alheias. Longe vá o agoiro de ter que lidar com semelhante dilema, que mais não é do que um argumento que apresenta duas proposições contrárias e condicionais, deixando-se a alternativa ao contraditor, mas com as quais fica ele vencido ou convencido seja qual for a sua escolha. Não, opinar não opino. Quem fala do que não sabe está a caminho de ser idiota, e Deus me livre de mais um defeito, por isso escolho viver, em vez de opinar.

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